Alimentação na Gravidez

O que Comer para Cuidar de Você e do Bebê

A alimentação de uma mulher durante a gravidez e no pós-parto vai muito além de manter o corpo nutrido, é sobre preparar o terreno onde um novo ser está se formando, e depois, reconstruir uma mãe que renasce cansada, cheia de cuidados e com novas prioridades. Em cada fase, o que se come influencia diretamente na saúde da mãe e do bebê, na produção de leite, na recuperação física e também no emocional. Por isso, é fundamental entender que os alimentos não são apenas combustível: são cuidado, são aconchego, são presença. E quando o assunto é gerar e cuidar de um recém-nascido, toda decisão alimentar importa. Vamos juntas entender como montar uma rotina alimentar saudável, nutritiva e realista nesses dois períodos tão intensos e transformadores.

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Gravidez: Comer por dois? Não. Comer com consciência por dois, sim.

Para começar durante toda a gestação, muitas mulheres ainda escutam o mito de que precisam “comer por dois”. Mas a verdade é que qualidade importa muito mais do que quantidade. A alimentação deve ser rica em cálcio, ferro, ácido fólico, proteínas e gorduras boas, garantindo a formação saudável do bebê e a manutenção da saúde da mãe. Inclua frutas variadas, verduras verde-escuras, grãos integrais, carnes magras e leguminosas como o feijão e a lentilha. Um prato colorido é um prato inteligente. E atenção: evite alimentos ultra processados, excesso de sal e açúcar, além de bebidas com cafeína e qualquer tipo de bebida alcoólica. A hidratação também é essencial beba bastante água ao longo do dia, ‘uns 5 litros se conseguir’. Cuidar da alimentação nessa fase é como preparar o ninho: tudo o que você consome, seu bebê sente.

Nutrientes que não podem faltar na gravidez

Alguns nutrientes são absolutamente indispensáveis. O ácido fólico, por exemplo, ajuda a prevenir má-formações no sistema nervoso do bebê, e deve ser consumido desde o início da gravidez muitas vezes, até antes. Já o ferro combate a anemia e ajuda no transporte de oxigênio para o recém nascido; está presente nas carnes vermelhas, vegetais verdes e em grãos. O cálcio é essencial para a formação óssea, tanto da mãe quanto do bebê, e pode ser encontrado no leite, queijos e folhas escuras como a couve. Outro destaque vai para o ômega 3 , presente em peixes como salmão e sardinha, que atua diretamente no desenvolvimento cerebral do bebê. Portanto, uma alimentação rica nesses elementos cria uma base sólida para o desenvolvimento do pequeno e fortalece o corpo da mamãe para o parto.

O pós-parto exige mais do que força, exige nutrição e reparo

Após o parto, o corpo entra em um processo de recuperação profunda. O organismo precisa cicatrizar, restaurar níveis hormonais, regular o sono e muitas vezes produzir leite. Por isso, no puerpério deve se planejar uma boa refeição quanto na gestação. Nessa fase, o foco deve ser em alimentos que fortaleçam o sistema imunológico, combatam a inflamação e ajudem na produção de leite materno. Inclua alimentos fontes de ferro, proteínas magras, frutas vermelhas, castanhas, sementes e vegetais frescos. Os caldos caseiros, sopas, como por exemplo a sopinha de farinha de milho feito do caldo de galinha caipira são excelentes nessa fase de resguardo, pois são aliados, de fácil digestão e nutrem sem pesar. Comam muita galinha e muita sopa. Evite dietas restritivas, mesmo que você esteja ansiosa para “voltar ao peso de antes”. O momento é de recuperação, não de cobrança estética.

O que comer para produzir mais leite materno?

A produção de leite está diretamente ligada à hidratação e ao equilíbrio hormonal, mas certos alimentos podem ajudar os chamados galactogogos. Entre eles, temos: linhaça, aveia, sementes de chia, gengibre, espinafre, cenoura e oleaginosas como a amêndoa. Eu comi muita canjica, e tomei muito suco de uva integral. A água é insubstituível: beba ao menos 3 litros por dia. Chás como o de funcho e erva-doce também são grandes aliados. Mas atenção: o leite não depende apenas do que se come. Ele depende do descanso, da conexão com o bebê, do esvaziamento frequente das mamas e, principalmente, do bem-estar da mãe. Uma alimentação equilibrada ajuda, mas uma mente em paz ajuda ainda mais.

Emoções e alimentação: como comer bem mesmo em meio ao caos?

O puerpério é, muitas vezes, um período de solidão e exaustão. Comer bem se torna um desafio. Por isso, prepare marmitas nutritivas ainda durante a gravidez, congele caldos caseiros e peça ajuda. Ter um companheiro, familiar ou amiga que prepare refeições pode ser essencial. Evite se alimentar apenas de “beliscos” ou produtos prontos eles não sustentam e ainda prejudicam a sua energia. E, claro: não se culpe por não conseguir seguir uma alimentação perfeita. Por isso, comer bem não é seguir um cardápio rígido, mas fazer o possível com carinho, consciência e simplicidade. Você está cuidando de um bebê  mas também precisa cuidar de si.

1 comentário em “Alimentação na Gravidez”

  1. Pingback: Pós-Parto sem Tabus - SOS Maternidade

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