Disquesia em Bebês: Entenda, Acalme-se e Cuide com Carinho

A maternidade traz consigo uma avalanche de descobertas, emoções e, claro, preocupações, principalmente quando se trata da saúde e do bem-estar do bebê. Entre os desconfortos mais comuns nos primeiros meses de vida está a disquesia em bebê, do lactante, um termo que, embora pouco conhecido, costuma assustar mamães e papais de primeira viagem. Imagine ver seu bebê fazer força, chorar, ficar vermelho, se contorcer… e no final, fazer um cocô molinho? É exatamente isso que caracteriza a disquesia. O meu pequeno sofreu bastante com isso e confesso que fiquei muito assustada. Talvez você esteja passando por isso…
Tenha calma: apesar da aparência de sofrimento, a disquesia não é uma doença e tampouco representa algo grave. Ela faz parte do desenvolvimento natural do sistema digestivo e neurológico do bebê. A disquesia acontece porque, nos primeiros meses, o bebê ainda está aprendendo a coordenar os músculos necessários para evacuar de forma eficiente. Ele não sabe, por exemplo, que precisa relaxar o esfíncter ao mesmo tempo em que faz força com a barriguinha.
Esse esforço, somado ao choro e à vermelhidão no rostinho, pode durar de 5 a 20 minutos antes da evacuação, o que deixa muitos pais aflitos. No entanto, se o cocô sair amolecido e o bebê continuar ganhando peso, mamando bem e sem sinais de febre ou sangue nas fezes, não há motivo para alarme.

O que é disquesia do lactente?
Disquesia é um termo médico usado para descrever a dificuldade que alguns bebês têm para fazer cocô mesmo que as fezes estejam normais e amolecidas. O bebê parece estar com dor, chora, faz força, fica vermelho, se contorce… e, de repente, solta o cocô sem esforço.
Isso acontece porque o bebê ainda não aprendeu a coordenar o ato de empurrar com o relaxamento do esfíncter anal. Ou seja, é uma imaturidade natural e passageira do sistema digestivo.
Sintomas mais comuns:
Choro intenso antes de evacuar
Bebê fica vermelho e se contorce
Solta gases antes de evacuar
Fezes sempre amolecidas (isso diferencia de prisão de ventre!)
Episódios frequentes, principalmente nas primeiras semanas de vida
O que NÃO é disquesia:
Fezes duras ou em bolinhas
Sangue nas fezes
Vômitos frequentes
Falta de ganho de peso
Esses sinais merecem atenção médica.
Como ajudar o seu bebê?
1. Muito colo e contato físico: A disquesia pode causar desconforto, então o carinho e o aconchego acalmam.
2. Exercícios com as perninhas: Movimente as perninhas do bebê como se pedalasse uma bicicleta. Isso ajuda a soltar os gases e relaxar o intestino. Andamos muito de bicicleta por aqui com meu bebê!
3. Massagem abdominal suave: Com movimentos circulares no sentido horário, massageie a barriga do bebê (com óleo vegetal se preferir). Eu usei um óleo da natura da linha Mamãe e Bebê, muito bom.
4. Banho morno: Um banho relaxante pode ajudar o bebê a liberar o cocô mais facilmente.
5. Mantenha a amamentação em livre demanda: O leite materno ou fórmula correta vai ajudar o intestino a funcionar melhor com o tempo. Dê muito Tetê!
NÃO estimule com cotonete, termômetro ou supositório sem orientação médica. Isso pode atrapalhar o aprendizado natural do corpo do bebê.
Quanto tempo dura a disquesia? Geralmente desaparece por volta dos 3 a 4 meses, quando o bebê já aprendeu a coordenar o movimento de evacuação. Enfim, disquesia não é doença, não causa dor real (apesar da carinha de sofrimento! Eu chorava junto com ele!) e não precisa de remédios. Significa que é apenas mais uma etapa do amadurecimento do seu bebê. Com paciência, carinho e orientação, tudo passa. Confie no seu instinto, mas não hesite em procurar o pediatra se tiver dúvidas.
Sendo assim, a disquesia do bebê, embora assuste muitos pais de primeira viagem, é uma condição comum e temporária que faz parte do amadurecimento do sistema digestivo dos pequenos. Com carinho, paciência e algumas estratégias simples, como massagens, movimentos com as perninhas e acolhimento emocional, é possível aliviar o desconforto do bebê e passar por essa fase com mais tranquilidade.
Lembre-se: sempre que houver dúvidas ou sintomas persistentes, procure a orientação de um pediatra. Cada bebê é único e merece cuidados individualizados. O mais importante é saber que você está fazendo o melhor e que, com amor e informação, tudo fica mais leve. Você não está sozinha nessa jornada!
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